TERROR NOTURNO

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O que é isso?

É um distúrbio do sono, uma parassonia, assim como o sonambulismo, bruxismo e pesadelos. Acontece entre os estágios 3 e 4 do ciclo do sono, não REM. Mais comum em crianças mas pode acontecer na fase adulta. Aparece por volta dos cinco anos e costuma desaparecer antes dos sete. Como se caracteriza por um distúrbio do desenvolvimento do cérebro, da mesma maneira que vem, pode ir embora.

As ondas predominantes durante o terror são as teta, delta e alfa.

A pessoa pode correr pela casa, gritar, gemer, se debater como se estivesse em fuga e com a expressão facial de medo extremo. Apesar de estar com os olhos abertos não está acordada. Dura alguns segundos a minutos, normalmente.

Até que os pais entendam o que está acontecendo o sofrimento é indescritível, pois nada acalma a criança e a consola.

Acontece entre uma hora e meia a duas horas depois que a criança deita. Logo após o surto, a criança ou adulto, não se lembra de nada, mas pode manifestar algumas imagens mentais desconfortáveis durante o dia.

O que é necessário?

Descartar epilepsia de lobo frontal, pesadelos, sonambulismo e despertar confusional. Tratar a ansiedade com TCC e neuromodulação. Preparar o ambiente afastando tudo que possa causar ferimentos, trancar portas, ter rede de proteção em janelas, desligar o gás, ferramentas e utensílios que possam cortar, perfurar. Importante, não relatar o caso para a criança, não tentar acordá-la.

Sugiro a utilização de sensores de presença que emitem som ao serem transpostos. Utilizar babá eletrônica para facilitar o monitoramento e diminuir as idas e vindas ao quarto da criança desnecessariamente. Evitar psicoestimulantes, alimentação adequada, exercício físico e vida sem pressão; o medo e o estresse contribuem para o desencadear dos surtos.

Não desaparecendo os sintomas ou quando agravados, sugere-se procurar um neuropediatra, psiquiatra infantil para avaliação e possível tratamento medicamentoso.
O que se torna decisivo na condução de casos como o Terror Noturno é a psicoeducação ou alinhamento parental, para outros. Este apoio faz toda a diferença, já que, é comum que os pais se encontrem exaustos, confusos e inseguros por tão pouca informação disponível e não raro, passaram por vários outros especialistas e sem sucesso chegam muito ansiosos e/ou deprimidos à CIA.
Aqui, recebemos a família para apresentar vídeos, artigos e traçamos em conjunto algumas estratégias comportamentais que suavizam a carga excessiva de cuidados e preocupações durante os surtos.
Como se trata de crianças,(neuroplasticidade facilitada pela população neuronal abundante) as mudanças para atenuar o tempo e a frequência das crises é muito rápida e temos casos de apenas um mês de treinamento já surtirem efeitos positivos para a família e para o cliente.
A conduta é o equilíbrio do Sistema Nervoso Autônomo, para a diminuição do processo de hiperativação da amígdala, (sistema límbico), melhora na produção de hormônios e neurotransmissores que favorecem um sono com maior qualidade.
São utilizados o biofeedback cardíaco, a Neurometria Funcional e a terapia cognitivo comportamental; além de muitas vezes sugerirmos a visita à ortodontista, nutricionista funcional, médico especializado em saúde integrativa e Constelação Familiar com o objetivo de descartarmos outras possibilidades que impactam de forma indireta no sono; sempre que possível!